quarta-feira, janeiro 07, 2004

Depressa, uma tábua de queijos!

A drª Ana Gomes ameça, num post de 5 de Janeiro no Causa Nossa, voltar a atacar. Perdão, a falar. Diz, embora doridamente: "Entretanto, calar-me-ei [...] até ao momento em que a minha consciência impuser que fale".

Confesso o meu pavor ante o patente conflito de interesses entre a consciência da drª Ana Gomes e o bem-estar mental e físico de todos nós. A consciência da drª Ana Gomes costuma impor-lhe falar muitos decibéis acima daquilo que o bom senso recomenda e a lei permite. Alguns lamentáveis espectáculos recentes estão ainda bem vivos nas nossa memórias e nos nossos ouvidos. Nem sei mesmo se para alguns o trauma não terá sido permanente...

Possuidora do dom da ubiquidade, vai estar aos gritos em todos os telejornais ao mesmo tempo(*), pelo que o tradicional zapping se revelará sem efeito.

A solução poderá passar pela utilização do método "Allo, Allo", que os fans da série certamente recordam: atafulhar os ouvidos com queijo. Se funcionava com os clientes do René Artois sempre que a sua mulher, Edith, decidia animar o café com o seu canto, também há-de funcionar quando a consciência da drª Ana Gomes lhe impuser que fale.

(*) Cortesia dos jornalistas amigos e simpatizantes do grupo dos 2% nas eleições e 60% nas redacções.
"In North America the black bear was seen by [Samuel] Hearne swimming for hours with widely open mouth, thus catching, like a whale, insects in the water. Even in so extreme a case as this, if the supply of insects were constant, and if better adapted competitors did not already exist in the country, I can see no difficulty in a race of bears being rendered, by natural selection, more and more aquatic in their structure and habits, with larger and larger mouths, till a creature was produced as monstrous as a whale."
Darwin, Charles; "The Origin of Species by Means of Natural Selection" (On the origin and transitions of organic beings with peculiar habits and structure)