sábado, janeiro 31, 2004
Telecine: Premium?
Tenho o hábito de me levantar com as galinhas, o que me permite tomar contacto com algumas realidades desconhecidas da maioria dos cidadãos, que se levanta mais tarde.
Aí pelas sete e muito da manhã de hoje exibia o Telecine Premium uma coisa inenarrável (não lhe vamos chamar filme) sobre um grupo de jovens vampiros, protagonizada por umas moçoilas com louros cabelos tipo goldylocks caindo sobre vestidinhos de algodão muito ligeiros e por uns quantos mancebos ostentando salientes músculos suados e camisolas interiores de alças. Tudo dentro do maior bom-gosto e no mais puro estilo drive-in. Acabou tudo em bem pelas oito e quarenta e cinco, logo seguido pela exibição do cão Scooby e seus amigos. Por apenas 13,99€/mês (IVA incluído) pode ver-se em casa algum do pior cinema jamais produzido.
Mal por mal, antes transmitirem - mil vezes - esse monumental clássico do Ed Wood que dá pelo nome de Plan 9 from Outer Space.
Aí pelas sete e muito da manhã de hoje exibia o Telecine Premium uma coisa inenarrável (não lhe vamos chamar filme) sobre um grupo de jovens vampiros, protagonizada por umas moçoilas com louros cabelos tipo goldylocks caindo sobre vestidinhos de algodão muito ligeiros e por uns quantos mancebos ostentando salientes músculos suados e camisolas interiores de alças. Tudo dentro do maior bom-gosto e no mais puro estilo drive-in. Acabou tudo em bem pelas oito e quarenta e cinco, logo seguido pela exibição do cão Scooby e seus amigos. Por apenas 13,99€/mês (IVA incluído) pode ver-se em casa algum do pior cinema jamais produzido.
Mal por mal, antes transmitirem - mil vezes - esse monumental clássico do Ed Wood que dá pelo nome de Plan 9 from Outer Space.
quinta-feira, janeiro 29, 2004
Atentado em Jerusalém
Foi a primeira notícia que ouvi esta manhã, pouco passaria do momento em que ocorreu. Mais nove mortos. Mais quarenta e cinco feridos, dez dos quais com gravidade.
Menos um bombista suicida. Terá a deputada inglesa Jenny Tonge passado das palavras à acção?
Menos um bombista suicida. Terá a deputada inglesa Jenny Tonge passado das palavras à acção?
quarta-feira, janeiro 28, 2004
Vítima da Crise está de volta
Após practicamente um mês sem dar notícias, o Vítima da Crise voltou a dar sinais de vida.
Por um lado fico contente por saber que alguém que merece toda a nossa simpatia, se não mesmo amizade, está vivo e confiante (ainda que com alguma ajuda química).
Por outro preferia que os seus posts de hoje fossem só um a dizer, em letras bem grandes e gordas,
"Adeus a todos.
Estou vivo e a trabalhar!!!"
Por um lado fico contente por saber que alguém que merece toda a nossa simpatia, se não mesmo amizade, está vivo e confiante (ainda que com alguma ajuda química).
Por outro preferia que os seus posts de hoje fossem só um a dizer, em letras bem grandes e gordas,
"Adeus a todos.
Estou vivo e a trabalhar!!!"
terça-feira, janeiro 27, 2004
And now, for something completely different:
Culinária!
Acabei agora mesmo de ver mais um dos programas de culinária com que os canais de cabo ingleses BBC Prime e people+arts me "encantam". Este foi apresentado pelo Ainsley Harriott, um homem que é um verdadeiro espectáculo a cozinhar. Só quem já o viu é que sabe exactamente a que me refiro. Qualquer comparação com as culinário-chachadas dos nossos canais é... impossível.
E, já agora, se gostam destas coisas não percam o Jamie Oliver, Naked Chef baterista, no BBC Prime, sexta-feira, às 18:00h.
Acabei agora mesmo de ver mais um dos programas de culinária com que os canais de cabo ingleses BBC Prime e people+arts me "encantam". Este foi apresentado pelo Ainsley Harriott, um homem que é um verdadeiro espectáculo a cozinhar. Só quem já o viu é que sabe exactamente a que me refiro. Qualquer comparação com as culinário-chachadas dos nossos canais é... impossível.
E, já agora, se gostam destas coisas não percam o Jamie Oliver, Naked Chef baterista, no BBC Prime, sexta-feira, às 18:00h.
Gente dual, trial, etc.
Sempre me fascinaram, as pessoas duais, triais e seguintes. É que eu sou aquilo a que se pode chamar, em linguagem vulgar, um gajo perfeitamente normal; não consigo desdobrar-me em diferentes personalidades, por muito que o tenha tentado. E às vezes até dava jeito.
Vem isto na sequência da leitura, na página 4 do Público, mas também disponível aqui, de uma notícia dando conta de que o Presidente da República Jorge Sampaio, o Primeiro-ministro Durão Barroso e a Ministra dos Negócios Estrangeiros Teresa Gouveia terão ontem, por meios diversos, apresentado condolências, respectivamente, ao presidente do Benfica, à família do jogador e ao Ministro dos Negócios Estrangeiros Húngaro.
Houve certamente confusão de personalidades, perfeitamente compreensível, por parte do redactor da notícia. Quem realmente enviou as condolências foram os cidadãos Jorge, Zé e Teresa, não foram o PR, o PM nem a MNE.
Só pode ser. Doutra forma, o PR, o PM e a MNE já teriam enviado condolências à entidade patronal de todos os cidadãos estrangeiros a trabalhar em Portugal entretanto falecidos, às famílias enlutadas e ao MNE dos respectivos países.
Quanto ao envio de condolências pelo Secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, é um problema, diria, familiar, a resolver entre ele e os sócios da sua agremiação, à qual não pertenço.
Vem isto na sequência da leitura, na página 4 do Público, mas também disponível aqui, de uma notícia dando conta de que o Presidente da República Jorge Sampaio, o Primeiro-ministro Durão Barroso e a Ministra dos Negócios Estrangeiros Teresa Gouveia terão ontem, por meios diversos, apresentado condolências, respectivamente, ao presidente do Benfica, à família do jogador e ao Ministro dos Negócios Estrangeiros Húngaro.
Houve certamente confusão de personalidades, perfeitamente compreensível, por parte do redactor da notícia. Quem realmente enviou as condolências foram os cidadãos Jorge, Zé e Teresa, não foram o PR, o PM nem a MNE.
Só pode ser. Doutra forma, o PR, o PM e a MNE já teriam enviado condolências à entidade patronal de todos os cidadãos estrangeiros a trabalhar em Portugal entretanto falecidos, às famílias enlutadas e ao MNE dos respectivos países.
Quanto ao envio de condolências pelo Secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, é um problema, diria, familiar, a resolver entre ele e os sócios da sua agremiação, à qual não pertenço.
Oportunidade de negócio
Ao contrário dos vendedores de material de escritório, os vendedores de desfibrilhadores têm muito olho para o negócio, e quando se lhes depara uma oportunidade não a perdem.
Quatro desfibrilhadores para cada estádio(*), já! A pagar pelo Estado, presume-se.
(*) Um estádio é uma casa de espectáculos, frequentada por, em média, umas centenas de cidadãos, de quinze em quinze dias, e apenas durante umas duas horas.
Quatro desfibrilhadores para cada estádio(*), já! A pagar pelo Estado, presume-se.
(*) Um estádio é uma casa de espectáculos, frequentada por, em média, umas centenas de cidadãos, de quinze em quinze dias, e apenas durante umas duas horas.
Estamos com falta de clientes! (iv)
Acabei agora de comprar e dar uma vista de olhos pelo Público...
Ontem à noite na SIC, hoje de manhã no Público.
E pronto, já está lançado. É apenas uma coluna, na página 4, sem fotografia do interessado, mas é uma ajuda. E a carreira do ex-deputado, que em tempos chegou a integrar a Comissão Parlamentar da Saúde, agora reduzido a um "amargamente revoltado" vereador (também dos espaços verdes?), bem precisa de um empurrãozito...
Ontem à noite na SIC, hoje de manhã no Público.
E pronto, já está lançado. É apenas uma coluna, na página 4, sem fotografia do interessado, mas é uma ajuda. E a carreira do ex-deputado, que em tempos chegou a integrar a Comissão Parlamentar da Saúde, agora reduzido a um "amargamente revoltado" vereador (também dos espaços verdes?), bem precisa de um empurrãozito...
42 (quarenta e dois) minutos
Quarenta e dois minutos, entre as 20:00 e as 20:42h, foi quanto durou ontem o assunto do futebolista Feher no telejornal da SIC.
Não foi masoquismo, mas sim, confesso, a mórbida curiosidade de ver até onde é que aquilo ía, que me levou a não mudar de canal.
As imagens do incidente foram despudoradamente repetidas mais quatro vezes, e em câmara lenta, pois claro! A mensagem de condolências da equipa do Futebol Clube do Porto foi transmitida duas vezes num intervalo de minutos. Entrevistaram tudo e todos, ainda que apenas remotamente tivessem alguma coisa a ver com o assunto. Colocaram as mais ridículas perguntas a tudo quanto é bicho-careta ansioso por trinta segundos de "fama". Transmitiram sem qualquer misericordiosa tentativa de interrupção o discurso indigente de um senhor dirigente. Foram até Coimbra falar com um senhor vereador da respectiva Câmara Municipal, que até ontem não tinha tido a oportunidade de aparecer a botar opinião em nenhum canal de televisão (Vereador? Da C. M. de Coimbra? Mas então aquilo não aconteceu em Guimarães? E o jogador não era Húngaro? E não jogava no Benfica, que é um clube de Lisboa? Ou será que o senhor vereador também está com falta de clientes, tal como penso estarem esta senhora, este senhor ou esta senhora, e se está a candidatar a um lugarzinho de acessor num qualquer departamento governamental?).
Será mesmo necessário explorar este tipo de acontecimentos desta forma? Será que o infeliz rapaz não mereceria melhor tratamento por parte dos - há quem lhes chame assim - orgãos de informação? Será que nós, espectadores, leitores e ouvintes, não merecemos melhor?
Não tenho palavras...
Nota de roda-pé: Haverá alguém naquela redacção que tenha reparado que a CNN, em imagens que vi transmitidas pela própria SIC, teve o decoro de não exibir sequer uma vez a queda do jogador, limitando-se a mostrar os momentos de agitação que se lhe seguiram?
Não foi masoquismo, mas sim, confesso, a mórbida curiosidade de ver até onde é que aquilo ía, que me levou a não mudar de canal.
As imagens do incidente foram despudoradamente repetidas mais quatro vezes, e em câmara lenta, pois claro! A mensagem de condolências da equipa do Futebol Clube do Porto foi transmitida duas vezes num intervalo de minutos. Entrevistaram tudo e todos, ainda que apenas remotamente tivessem alguma coisa a ver com o assunto. Colocaram as mais ridículas perguntas a tudo quanto é bicho-careta ansioso por trinta segundos de "fama". Transmitiram sem qualquer misericordiosa tentativa de interrupção o discurso indigente de um senhor dirigente. Foram até Coimbra falar com um senhor vereador da respectiva Câmara Municipal, que até ontem não tinha tido a oportunidade de aparecer a botar opinião em nenhum canal de televisão (Vereador? Da C. M. de Coimbra? Mas então aquilo não aconteceu em Guimarães? E o jogador não era Húngaro? E não jogava no Benfica, que é um clube de Lisboa? Ou será que o senhor vereador também está com falta de clientes, tal como penso estarem esta senhora, este senhor ou esta senhora, e se está a candidatar a um lugarzinho de acessor num qualquer departamento governamental?).
Será mesmo necessário explorar este tipo de acontecimentos desta forma? Será que o infeliz rapaz não mereceria melhor tratamento por parte dos - há quem lhes chame assim - orgãos de informação? Será que nós, espectadores, leitores e ouvintes, não merecemos melhor?
Não tenho palavras...
Nota de roda-pé: Haverá alguém naquela redacção que tenha reparado que a CNN, em imagens que vi transmitidas pela própria SIC, teve o decoro de não exibir sequer uma vez a queda do jogador, limitando-se a mostrar os momentos de agitação que se lhe seguiram?
segunda-feira, janeiro 26, 2004
Haverá algo mais privado?
Numa ronda por vários blogs li muitos posts sobre a exibição das imagens da morte do futebolista Feher. As únicas que vi foram-no esta manhã, na SIC Notícias. repetidas várias vezes, no espaço de poucos minutos, algumas sequências até em câmara lenta. Era a "informação" modelo 24Horas/TVI no seu melhor. Mas infelizmente não só.
No telejornal das 20:00h de ontem da SIC, a propósito das urgências dos hospitais, vimos chegar do Algarve (?), de helicóptero, a Sta. Maria, um senhor que tinha sofrido um acidente de motorizada.
Na última imagem que dele vimos estava em coma. Num qualquer termo técnico que não fixei, mas que era de grau 3, o que, pelas palavras de um médico que teve a amabilidade de nos esclarecer, quereria em linguagem vulgar dizer morto. Poderia a reportagem ter acabado por ali. Na sala de montagem poderia ter-se dado alguma dignidade a tudo aquilo, áquela morte e ao trabalho de toda aquela gente para a evitar. Mas para tal seria necessário que esse fosse o interesse.
Mas não era. Já no corredor, a jornalista coloca o microfone à frente do filho do senhor, faz-lhe uma pergunta que não recordo. Ao que ele responde que os médicos lhe mantiveram o pai vivo aguardando a sua chegada de França. As últimas palavras que ouvimos são já incompreensíveis.
No ar fica apenas - por uns segundos apenas, dirá a responsável, por uma eternidade, digo eu - o pranto daquele filho que chora a morte do pai. Haverá algo mais privado?
No telejornal das 20:00h de ontem da SIC, a propósito das urgências dos hospitais, vimos chegar do Algarve (?), de helicóptero, a Sta. Maria, um senhor que tinha sofrido um acidente de motorizada.
Na última imagem que dele vimos estava em coma. Num qualquer termo técnico que não fixei, mas que era de grau 3, o que, pelas palavras de um médico que teve a amabilidade de nos esclarecer, quereria em linguagem vulgar dizer morto. Poderia a reportagem ter acabado por ali. Na sala de montagem poderia ter-se dado alguma dignidade a tudo aquilo, áquela morte e ao trabalho de toda aquela gente para a evitar. Mas para tal seria necessário que esse fosse o interesse.
Mas não era. Já no corredor, a jornalista coloca o microfone à frente do filho do senhor, faz-lhe uma pergunta que não recordo. Ao que ele responde que os médicos lhe mantiveram o pai vivo aguardando a sua chegada de França. As últimas palavras que ouvimos são já incompreensíveis.
No ar fica apenas - por uns segundos apenas, dirá a responsável, por uma eternidade, digo eu - o pranto daquele filho que chora a morte do pai. Haverá algo mais privado?
The Office
Não é que esta coisa de prémios me interesse muito, mas a série "The Office" ganhou esta noite dois Globos de Ouro.
Por cá não temos tempo para ver. O dia só tem vinte e quatro horas, que não chegam nem para as telenovelas, quanto mais...
Por cá não temos tempo para ver. O dia só tem vinte e quatro horas, que não chegam nem para as telenovelas, quanto mais...
domingo, janeiro 25, 2004
Toca a despachar, que a Fátima está à espera! (ii)
Acho que os responsáveis pelas notícias na SIC só vão dormir descansados quando conseguirem fazer um telejornal tão faca-e-alguidar como são os da TVI.
Quem nunca teve força de vontade suficiente para se sentar a ver o telejornal da TVI não sabe o que perde, mas pode agora ficar com uma ideia da coisa pela leitura do post Twin Peaks-upon-Tagus d'O Comprometido Espectador.
Quem nunca teve força de vontade suficiente para se sentar a ver o telejornal da TVI não sabe o que perde, mas pode agora ficar com uma ideia da coisa pela leitura do post Twin Peaks-upon-Tagus d'O Comprometido Espectador.
Toca a despachar, que a Fátima está à espera!
É impressão minha, ou a intervenção de Pacheco Pereira aos sábados na SIC se mantém no ar apenas e só porque os responsáveis pelo telejornal da dita querem cumprir o contrato?
A de ontem, então, foi absolutamente ridícula. O Paulo Camacho, que poderá ter muita habilidade para os automóveis (não tem!) mas que não tem classe nenhuma para estar ali sentado, parecia que trazia fogo no rabo. Acho que estivemos a um passo de o ver virar-se para o seu interlocutor e dizer-lhe "bom, mas isso agora não interessa nada!"
Tudo porque a foragida Fátima Felgueiras aguardava, impaciente, a sua entrada no ar para debitar mais uma das suas inflamadas diatribes.
A de ontem, então, foi absolutamente ridícula. O Paulo Camacho, que poderá ter muita habilidade para os automóveis (não tem!) mas que não tem classe nenhuma para estar ali sentado, parecia que trazia fogo no rabo. Acho que estivemos a um passo de o ver virar-se para o seu interlocutor e dizer-lhe "bom, mas isso agora não interessa nada!"
Tudo porque a foragida Fátima Felgueiras aguardava, impaciente, a sua entrada no ar para debitar mais uma das suas inflamadas diatribes.
sábado, janeiro 24, 2004
Fernando Esteves, "O Sisudo"
O homem não era capaz de reconhecer uma boa piada nem que ela lhe acertasse violentamente na testa.
Leiam, na página 24 d'O Independente de ontem, a sua coluna "Opinião" sobre a Anabela Mota Ribeiro.
Leiam, na página 24 d'O Independente de ontem, a sua coluna "Opinião" sobre a Anabela Mota Ribeiro.
British MP (Liberal Democrat Party): "I'd be a suicide bomber"
Afirmação da deputada inglesa Jenny Tonge, no conforto dos Comuns. Tivesse um qualquer dos membros da sua prole sido vítima do terrorismo palestiniano e a sua opinião talvez não fosse a mesma(*)...
Esta notícia já a tinha visto no Sky News, mas pode ler-se nos sítios do SkyNews e do WorldNetDaily.
As (primeiras) "consequências" para Jenny Tonge, no que ao Partido Liberal Democrata toca, podem ler-se aqui no SkyNews.
Mas Jenny Tonge não está, infelizmente, só, nesta sua louvaminha. Está, por exemplo, na boa companhia de Walid Jumblatt, presidente do Partido Socialista Progressista Druzo e membro do parlamento Libanês, que, a propósito também do último ataque suícida, afirmou: "the fall of one Jew, whether soldier or civilian, is a great accomplishment in times of decline, subservience, and submissiveness, as a way to undermine the plan to 'Jewify' all of Palestine."
(*) Sim, sim, eu sei que é uma observação demagógica.
Esta notícia já a tinha visto no Sky News, mas pode ler-se nos sítios do SkyNews e do WorldNetDaily.
As (primeiras) "consequências" para Jenny Tonge, no que ao Partido Liberal Democrata toca, podem ler-se aqui no SkyNews.
Mas Jenny Tonge não está, infelizmente, só, nesta sua louvaminha. Está, por exemplo, na boa companhia de Walid Jumblatt, presidente do Partido Socialista Progressista Druzo e membro do parlamento Libanês, que, a propósito também do último ataque suícida, afirmou: "the fall of one Jew, whether soldier or civilian, is a great accomplishment in times of decline, subservience, and submissiveness, as a way to undermine the plan to 'Jewify' all of Palestine."
(*) Sim, sim, eu sei que é uma observação demagógica.
Devidos agradecimentos públicos
Ao filho, pela referência feita no seu blog.
Aos vários leitores do Desesperada Esperança que, confiando na habitual qualidade das recomendações da Mão Invisível, cometeram a asneira de seguir o link (e até que nem foram poucos, uma vez que o contador "disparou" de 5 para 16 visitas!)
Aos vários leitores do Desesperada Esperança que, confiando na habitual qualidade das recomendações da Mão Invisível, cometeram a asneira de seguir o link (e até que nem foram poucos, uma vez que o contador "disparou" de 5 para 16 visitas!)
sexta-feira, janeiro 23, 2004
Enquanto esperamos pelo major Tom
Vale mesmo a pena dar um salto até António Cidadão's Home-Page of Lunar and Planetary Observation and CCD Imaging.
Marte, claro, Júpiter, Saturno. E a Lua aqui tão perto...
Marte, claro, Júpiter, Saturno. E a Lua aqui tão perto...
This is major Tom to Ground Control (iii)
"The flight team for NASA's Spirit received data from the rover in a communication session that began at 13:26 Universal Time (5:26 a.m. PST) and lasted 20 minutes at a data rate of 120 bits per second"
This is major Tom to Ground Control (ii)
"NASA's Spirit rover communicated with Earth in a signal detected by NASA's Deep Space Network antenna complex near Madrid, Spain, at 12:34 Universal Time (4:34 a.m. PST) this morning"
This is major Tom to Ground Control
Ontem, 22 de Janeiro, "Flight-team engineers for NASA's Mars Exploration Rover Mission were encouraged this morning when Spirit sent a simple radio signal acknowledging that the rover had received a transmission from Earth."
Candidaturas espontâneas
Face à recusa do Governo em atribuir aumentos aos funcionários públicos com vencimentos superiores a 1000€, pelo segundo ano consecutivo, aguarda-se agora a candidatura em massa, por parte de centenas de milhar daqueles nossos bravos servidores públicos, a lugares nas empresas privadas, onde, como é do conhecimento geral, não há - nem pode por lei haver - despedimentos, os horários são reduzidos, os dias de férias sempre mais de 22, os vencimentos são altíssimos, as promoções automáticas, etc.
A bem da Nação!
A bem da Nação!
Estamos com falta de clientes! (iii)
A dr. Orquídea Lopes apareceu de novo ontem no telejornal da SIC. Lembrei-me de já a ter visto no mesmo sítio um ou dois dias antes.
Algumas das respostas às questões colocadas no seu estudo são de tal forma idiotas que só quem não se lembra dos seus tempos de liceu é que não introduz no questionário perguntas que permitam aferir o grau de honestidade das respostas.
Mas o que aqui traz a drª foi a estranheza que manifestou na peça jornalística pela ausência de pedidos de colaboração por parte das autoridades portuguesas, ao contrário, diz, do que acontece com os nossos vizinhos do lado.
Aqui fica, pois, uma chamada de atenção aos responsáveis com verbas disponíveis para queimar em acessorias.
Algumas das respostas às questões colocadas no seu estudo são de tal forma idiotas que só quem não se lembra dos seus tempos de liceu é que não introduz no questionário perguntas que permitam aferir o grau de honestidade das respostas.
Mas o que aqui traz a drª foi a estranheza que manifestou na peça jornalística pela ausência de pedidos de colaboração por parte das autoridades portuguesas, ao contrário, diz, do que acontece com os nossos vizinhos do lado.
Aqui fica, pois, uma chamada de atenção aos responsáveis com verbas disponíveis para queimar em acessorias.
Hoje há "ponte"
Os funcionários públicos estarão hoje em greve. O facto de ser sexta-feira é apenas e só uma infeliz coincidência. Quando os sindicatos representativos (?) dos trabalhadores (???) decidiram pelo dia de greve a 23 de Janeiro ainda não estavam disponíveis os calendários para o ano de 2004.
quinta-feira, janeiro 22, 2004
Já não bastavam as mulheres...
... também a hipertensão «é mal tratada» em Portugal.
É uma constatação do histórico anti-tabagista-fundamentalista cardiologista Fernando de Pádua, que o DN divulga. E ficamos também a saber que estamos "no topo dos países europeus com maior taxa de acidentes vasculares cerebrais".
É uma constatação do histórico anti-tabagista-fundamentalista cardiologista Fernando de Pádua, que o DN divulga. E ficamos também a saber que estamos "no topo dos países europeus com maior taxa de acidentes vasculares cerebrais".
Vamos jogar Monopólio?
No que aparenta ser uma jogada de grande fôlego, Governo quer trocar a Baixa pela Ajuda
Marte: vista aérea
Fotografia do vale Valles Marineris, enviada pela sonda orbital Mars Express, da Agência Espacial Europeia.
As cores são reais, a resolução é da ordem dos 12 metros, e foi tirada a 275km de altitude. Para saber mais.
Com coisas assim para se deslumbrar e estudar, como é possível que ainda haja quem tenha vontade de perder tempo com astrologias, feng shui e quejandos?
A sério! Eu leio outros jornais...
Estive a dar uma vista de olhos pelos posts que afixei até aqui, e até parece que, no tocante a imprensa não especializada, só leio o Público...
Nada mais errado. Para além do Público, que é aquisição diária, compro e leio o DN pelo menos quatro vezes por semana. Quanto a semanários, o Independente e o Expresso, e para além destes ainda chegam cá a casa todas as semanas a Economist e a Spectator, por cortesia de assinaturas de familiar próximo.
Nada mais errado. Para além do Público, que é aquisição diária, compro e leio o DN pelo menos quatro vezes por semana. Quanto a semanários, o Independente e o Expresso, e para além destes ainda chegam cá a casa todas as semanas a Economist e a Spectator, por cortesia de assinaturas de familiar próximo.
O fisionomista de serviço (recado ao dr. Moniz)
O dr. Miguel S. T. publicou na sexta-feira passada a sua habitual crónica no Público, que só há pouco estive a ler.
Deixo a discussão e os comentários à verborreia ao cuidado dos blogs sérios, bem mais capazes do que eu.
Não gostaria no entanto de perder esta oportunidade de anunciar urbi et orbi que a frase de que mais gostei foi aquela com que o dr. M. S. Tavares encerrou com chave de ouro o seu artigo: "Isso [Não há só os bons e os maus] está para além da capacidade de compreensão de George W. Bush: basta olhar para ele. E o que mais assusta é olhar para Bin Laden e perceber que ele é infinitamente mais inteligente que Bush."
Abençoados olhos! George W. é burro, Bin Laden inteligentíssimo. Só de olhar para a cara de ambos. Muito pouco me espantaria ver, já nos próximos dias, o dr. M. Sousa T. contratado para fazer companhia àquela senhora que "lê" as cartas de tarot todas as manhãs no programa do Manuel Luís G.
(E o que verá o dr. M. S. T. todas as manhãs, quando se olha ao espelho? E não se assustará com o que vê?)
Deixo a discussão e os comentários à verborreia ao cuidado dos blogs sérios, bem mais capazes do que eu.
Não gostaria no entanto de perder esta oportunidade de anunciar urbi et orbi que a frase de que mais gostei foi aquela com que o dr. M. S. Tavares encerrou com chave de ouro o seu artigo: "Isso [Não há só os bons e os maus] está para além da capacidade de compreensão de George W. Bush: basta olhar para ele. E o que mais assusta é olhar para Bin Laden e perceber que ele é infinitamente mais inteligente que Bush."
Abençoados olhos! George W. é burro, Bin Laden inteligentíssimo. Só de olhar para a cara de ambos. Muito pouco me espantaria ver, já nos próximos dias, o dr. M. Sousa T. contratado para fazer companhia àquela senhora que "lê" as cartas de tarot todas as manhãs no programa do Manuel Luís G.
(E o que verá o dr. M. S. T. todas as manhãs, quando se olha ao espelho? E não se assustará com o que vê?)
Só espero que não tenha sido engano!
Pensamento só que me ocorreu após ter afixado o post anterior...
Bem vindo(a), 217.129.20.253!
Tive esta noite a primeira visita. Aqui ao blog, entenda-se.
Para o, ou a, 217.129.20.253 vai uma muito cordial saudação de boas-vindas, e os desejos de que volte sempre.
Don't be a stranger!
Para o, ou a, 217.129.20.253 vai uma muito cordial saudação de boas-vindas, e os desejos de que volte sempre.
Don't be a stranger!
quarta-feira, janeiro 21, 2004
O nosso Chomsky \uF8E7
O dr. Fernando Rosa destila hoje no Público mais algum do seu ódio ao "império" americano, em geral, e ao seu presidente Bush, em particular, desta feita em torno do discurso do Estado da Nação. Até aqui nada de novo.
O que me deixa siderado é a velocidade com que o dr. Rosa consegue elaborar um artigo com 1256 palavras, num total de 6647(*) caracteres, acerca de um discurso que teve lugar pelas 01:30h GMT, a tempo de ser publicado num jornal matutino (e, pasme-se!, com apenas uma ocorrência da célebre sequência \uF8E7).
A CNN, por exemplo, só consegui publicar no seu site uns miseráveis pequenos comentários ao discurso às 06:53h GMT de hoje. Não tenho palavras...
(*) 7902, se contarmos os espaços, que, bem vistas as coisas, para além de serem caracteres de pleno direito, também fazem muito pela legibilidade de seja lá o que for que se escreva.
O que me deixa siderado é a velocidade com que o dr. Rosa consegue elaborar um artigo com 1256 palavras, num total de 6647(*) caracteres, acerca de um discurso que teve lugar pelas 01:30h GMT, a tempo de ser publicado num jornal matutino (e, pasme-se!, com apenas uma ocorrência da célebre sequência \uF8E7).
A CNN, por exemplo, só consegui publicar no seu site uns miseráveis pequenos comentários ao discurso às 06:53h GMT de hoje. Não tenho palavras...
(*) 7902, se contarmos os espaços, que, bem vistas as coisas, para além de serem caracteres de pleno direito, também fazem muito pela legibilidade de seja lá o que for que se escreva.
Estamos com falta de clientes! (ii)
O advogado José Sá Fernandes (JSF) contestou em tribunal o começo da obra do Túnel do Marquês(*) sem a totalidade dos projectos detalhados.
Resultado garantido: montes de referências nos jornais, entrevistas nos telejornais de todos os canais.
Não sei se é impressão minha por ter lido ou ouvido mal, ou não é que o dr. JSF não faz a mais pequena ideia do que seja uma obra, ou do que sejam as várias fases de um projecto?
Haverá por aí alma caridosa que lhe explique que para, por exemplo, se fazerem movimentações de terras, ou construirem fundações ou muros de contenção, não fazem falta nenhuma os detalhes das cantarias ou a definição das armaduras de iluminação?
(*) Designação pela qual é conhecida a obra de prolongamento da autoestrada de Cascais até ao Marquês de Pombal.
Resultado garantido: montes de referências nos jornais, entrevistas nos telejornais de todos os canais.
Não sei se é impressão minha por ter lido ou ouvido mal, ou não é que o dr. JSF não faz a mais pequena ideia do que seja uma obra, ou do que sejam as várias fases de um projecto?
Haverá por aí alma caridosa que lhe explique que para, por exemplo, se fazerem movimentações de terras, ou construirem fundações ou muros de contenção, não fazem falta nenhuma os detalhes das cantarias ou a definição das armaduras de iluminação?
(*) Designação pela qual é conhecida a obra de prolongamento da autoestrada de Cascais até ao Marquês de Pombal.
Também eu sou uma "vítima" da crise
Acrescentei hoje a minha primeira ligação para a blogosfera, para um blog cuja existência só ontem, pela leitura da Gente (na Única do Expresso), descobri. Trata-se do Vítima da Crise, que é, no dizer do autor, o diário de um desempregado.
Porquê este em primeiro, e não um qualquer dos 'clássicos'? Talvez porque este se debruça sobre uma situação que me toca de muito, muito, perto, de há uns meses a esta parte...
Voltarei a este assunto. Até lá, e aguardando notícias, um abraço solidário ao VdC.
Porquê este em primeiro, e não um qualquer dos 'clássicos'? Talvez porque este se debruça sobre uma situação que me toca de muito, muito, perto, de há uns meses a esta parte...
Voltarei a este assunto. Até lá, e aguardando notícias, um abraço solidário ao VdC.
sexta-feira, janeiro 16, 2004
O meu problema foi, com certeza, má argumentação
Frequentei a UTL nos anos 70. Trinta anos depois fiquei a saber que 27% das estudantes universitárias actuais afirmam ter sido vítimas de "experiências sexuais na sequência de argumentos verbais".
Experiências sexuais na sequência de argumentos verbais??? Face a tamanha percentagem, mesmo sabendo que o número de estudantes universitárias na altura era bem menor que o de hoje, o número de experiências sexuais em que eu deveria ter sido parte interessada e activa teria sido bem maior do que na realidade foi.
O meu problema foi, com certeza, má argumentação...
Experiências sexuais na sequência de argumentos verbais??? Face a tamanha percentagem, mesmo sabendo que o número de estudantes universitárias na altura era bem menor que o de hoje, o número de experiências sexuais em que eu deveria ter sido parte interessada e activa teria sido bem maior do que na realidade foi.
O meu problema foi, com certeza, má argumentação...
quinta-feira, janeiro 15, 2004
Estamos com falta de clientes!
Nos últimos tempos têm vindo a lume os resultados de "estudos", com origem nas mais variadas proveniências, que nos dão, a nós portugueses em geral, como os mais gordos, os mais burros, os mais bêbados, os piores condutores, os maiores calões, etc, etc, etc.(1)
Ficamos agora a saber que somos também -- neste caso entenda-se nós, homens -- os mais eficazes violadores em todo o universo. É que, aparentemente, basta-nos a argumentação verbal para conseguir os nossos sórdidos intentos, não precisamos sequer, na maioria dos casos, de recorrer à sempre incómoda coacção física(2). Apesar de tudo, somos cavalheiros...
Vem dizer-nos a psicóloga clínica Fátima Gameiro, na sua tese de mestrado intitulada "Relações sexuais forçadas em estudantes universitários", que "São 27 por cento as estudantes universitárias que afirmam ter sido vítimas de 'relações sexuais forçadas', uma categoria que inclui a coacção sexual (experiências sexuais na sequência de argumentos verbais ou posição de autoridade - 13,3 por cento), os contactos indesejados (o que inclui beijos e carícias - 6,8 por cento), a tentativa de violação (três por cento) e a violação (3,8)".
Diz Fátima Gameiro, mais à frente na sua tese, que "Da totalidade das vítimas, só 28 por cento pediram ajuda e o tipo de auxílio mais procurado foi um amigo". Um amigo... imagine-se! Tanto profissional desocupado e recorrem a amigos...
Se das tais "837 alunas de sete instituições de ensino superior", 27% "afirmam ter sido vítimas de 'relações sexuais forçadas'", e destas apenas 28% pediram ajuda, resulta que só pediram ajuda 0,756% das inquiridas. Portanto, das 225 "vítimas" entre as 837 alunas, apenas 63 pediram ajuda.
Bingo!!! Se mesmo considerando apenas estes valores já estamos perante um mercado potencial muito tentador, quando atentamos a que destas 63 apenas uma parte - a autora não nos diz, infelizmente, qual - recorreu a ajuda profissional, o limite é o céu!
Que fazer então? Um simpósio, pois claro! Nada como um simpósio - só o nome já impõe respeito - a ter lugar num local respeitável para gerar um monte de publicidade, ainda por cima gratuita, ao serviço. Com muitos títulos nos jornais e muitas entrevistas nos telejornais. E sobretudo sem correr o risco de algum jornalista se lembrar de perguntar pela ficha técnica do tal inquérito.
Agora é só esperar pelas marcações para as consultas.
(1) Tudo isto logo a seguir aos americanos, claro. Os americanos tornaram-se o ódio de estimação das redações dos nossos media, e não só, mas a este assunto voltarei noutra altura
(2) Este facto também não é muito elogioso para as mulheres, que no meu entender deveriam talvez, sei lá, opor um pouco mais de resistência.
Ficamos agora a saber que somos também -- neste caso entenda-se nós, homens -- os mais eficazes violadores em todo o universo. É que, aparentemente, basta-nos a argumentação verbal para conseguir os nossos sórdidos intentos, não precisamos sequer, na maioria dos casos, de recorrer à sempre incómoda coacção física(2). Apesar de tudo, somos cavalheiros...
Vem dizer-nos a psicóloga clínica Fátima Gameiro, na sua tese de mestrado intitulada "Relações sexuais forçadas em estudantes universitários", que "São 27 por cento as estudantes universitárias que afirmam ter sido vítimas de 'relações sexuais forçadas', uma categoria que inclui a coacção sexual (experiências sexuais na sequência de argumentos verbais ou posição de autoridade - 13,3 por cento), os contactos indesejados (o que inclui beijos e carícias - 6,8 por cento), a tentativa de violação (três por cento) e a violação (3,8)".
Diz Fátima Gameiro, mais à frente na sua tese, que "Da totalidade das vítimas, só 28 por cento pediram ajuda e o tipo de auxílio mais procurado foi um amigo". Um amigo... imagine-se! Tanto profissional desocupado e recorrem a amigos...
Se das tais "837 alunas de sete instituições de ensino superior", 27% "afirmam ter sido vítimas de 'relações sexuais forçadas'", e destas apenas 28% pediram ajuda, resulta que só pediram ajuda 0,756% das inquiridas. Portanto, das 225 "vítimas" entre as 837 alunas, apenas 63 pediram ajuda.
Bingo!!! Se mesmo considerando apenas estes valores já estamos perante um mercado potencial muito tentador, quando atentamos a que destas 63 apenas uma parte - a autora não nos diz, infelizmente, qual - recorreu a ajuda profissional, o limite é o céu!
Que fazer então? Um simpósio, pois claro! Nada como um simpósio - só o nome já impõe respeito - a ter lugar num local respeitável para gerar um monte de publicidade, ainda por cima gratuita, ao serviço. Com muitos títulos nos jornais e muitas entrevistas nos telejornais. E sobretudo sem correr o risco de algum jornalista se lembrar de perguntar pela ficha técnica do tal inquérito.
Agora é só esperar pelas marcações para as consultas.
(1) Tudo isto logo a seguir aos americanos, claro. Os americanos tornaram-se o ódio de estimação das redações dos nossos media, e não só, mas a este assunto voltarei noutra altura
(2) Este facto também não é muito elogioso para as mulheres, que no meu entender deveriam talvez, sei lá, opor um pouco mais de resistência.
terça-feira, janeiro 13, 2004
A brincar, a brincar...
[...] eu costumo dizer a brincar, que sou uma velha meretriz, já perdi a vergonha [...]
Alberto João Jardim, no Público de hoje
Estamos-lhe muito gratos pela sua sinceridade, dr. Jardim, mas há já bastante tempo que estamos ao corrente. Gostaríamos agora de o ouvir dizer qualquer coisa de novo, de diferente... Como, por exemplo, que doravante não precisa mais do dinheiro daqueles a quem tão simpaticamente costuma apelidar de 'cubanos' e que vai passar a gastar apenas e só o dinheiro que dispõe para gastar, nem mais um cêntimo!
Alberto João Jardim, no Público de hoje
Estamos-lhe muito gratos pela sua sinceridade, dr. Jardim, mas há já bastante tempo que estamos ao corrente. Gostaríamos agora de o ouvir dizer qualquer coisa de novo, de diferente... Como, por exemplo, que doravante não precisa mais do dinheiro daqueles a quem tão simpaticamente costuma apelidar de 'cubanos' e que vai passar a gastar apenas e só o dinheiro que dispõe para gastar, nem mais um cêntimo!
O aquecimento poderá ser global, mas não nos afeta!
Alberto João Jardim, segundo o Público, "manifestou um 'profundo desprezo' pelas campanhas que diz ocorrerem desde há cerca de 20 anos contra a Região Autónoma da Madeira, sobre as quais considera que 'não aquecem, nem arrefecem'".
sábado, janeiro 10, 2004
O popular engraxador da PJ
RDF (não sei quem seja) escreve no Público, a propósito do caso de pedofilia nos Açores actualmente nos tops, que, "Ainda assim, a revelação de outras pessoas, relativamente conhecidas em São Miguel, causou surpresa. Alguns, dizem os populares, eram conhecidos por irem para a "garagem" jogar à batota; mas não por serem pedófilos".
E acrescenta que "Essa é, nomeadamente, a convicção do popular engraxador das Portas da Cidade, onde se situa a Polícia Judiciária, alguém muito informado por defeito profissional. 'O Mário Rocha [empresário, conhecido por 'raspas'], o Fernando 'Teté' [vendedor de automóveis], e o 'Chico Banana' [construtor civil] iam lá jogar às cartas. Só isso. Esta caso ainda vai dar uma grande bronca', conclui.".
E, para quem tenha dúvidas de quão dentro do assunto está o nosso popular engraxador, revela ainda que "Este argumento deverá ser avançado, também, pela defesa de alguns dos arguidos detidos".
Eu, que sou um grande picuinhas e não conheço o RDF, reparei que o nosso popular engraxador lista os "arguidos detidos" numa curiosa ordem decrescente de intimidade - do primeiro conhece o primeiro nome, o apelido, a profissão e a alcunha; do segundo já só conhece o primeiro nome, a profissão e a alcunha, enquanto que do terceiro se fica pela profissão e pela alcunha. Lacunas certamente com origem em problemas de qualidade dos solventes utilizados no fabrico da graxa.
E acrescenta que "Essa é, nomeadamente, a convicção do popular engraxador das Portas da Cidade, onde se situa a Polícia Judiciária, alguém muito informado por defeito profissional. 'O Mário Rocha [empresário, conhecido por 'raspas'], o Fernando 'Teté' [vendedor de automóveis], e o 'Chico Banana' [construtor civil] iam lá jogar às cartas. Só isso. Esta caso ainda vai dar uma grande bronca', conclui.".
E, para quem tenha dúvidas de quão dentro do assunto está o nosso popular engraxador, revela ainda que "Este argumento deverá ser avançado, também, pela defesa de alguns dos arguidos detidos".
Eu, que sou um grande picuinhas e não conheço o RDF, reparei que o nosso popular engraxador lista os "arguidos detidos" numa curiosa ordem decrescente de intimidade - do primeiro conhece o primeiro nome, o apelido, a profissão e a alcunha; do segundo já só conhece o primeiro nome, a profissão e a alcunha, enquanto que do terceiro se fica pela profissão e pela alcunha. Lacunas certamente com origem em problemas de qualidade dos solventes utilizados no fabrico da graxa.
sexta-feira, janeiro 09, 2004
Autocrítica revolucionária
A drª Ana Gomes (uma verdadeira fonte inesgotável para citações) afirmou, numa tertúlia de Leiria, que "... há uma clara falta de nível na política que se faz em Portugal."
O agente infiltrado
Entre os documentos que a PGR deitou, intactos, para o lixo, encontrava-se um certificado(*) internacional em branco, devidamente assinado pelo Procurador-geral.
Como? Em branco? Assinado? Onde é que já ouvi isto?
De repente fez-se luz: o Procurador-geral, a quem EPC tão gentilmente apelidou de "gato constipado", não é outro senão o major Otelo, certamente infiltrado no aparelho de Estado em missão revolucionária.
E o que é que o denunciou, pergunta-se o leitor? Não, não foi a utilização intensiva - de pelo menos uma vez em cada três palavras - do mui castrense pá, que tão habilmente tem sabido evitar; foi, isso sim, o velho hábito, a que não conseguiu resistir, de assinar documentos em branco, como fazia nos idos do PREC com os mandatos de detenção.
(*) Cabe aqui perguntar ao jornalista do Público o quê certificaria o referido "Certificado internacional", mas como a origem da notícia é a TVI percebe-se e desculpa-se a omissão; mas isso agora não interessa nada...
Como? Em branco? Assinado? Onde é que já ouvi isto?
De repente fez-se luz: o Procurador-geral, a quem EPC tão gentilmente apelidou de "gato constipado", não é outro senão o major Otelo, certamente infiltrado no aparelho de Estado em missão revolucionária.
E o que é que o denunciou, pergunta-se o leitor? Não, não foi a utilização intensiva - de pelo menos uma vez em cada três palavras - do mui castrense pá, que tão habilmente tem sabido evitar; foi, isso sim, o velho hábito, a que não conseguiu resistir, de assinar documentos em branco, como fazia nos idos do PREC com os mandatos de detenção.
(*) Cabe aqui perguntar ao jornalista do Público o quê certificaria o referido "Certificado internacional", mas como a origem da notícia é a TVI percebe-se e desculpa-se a omissão; mas isso agora não interessa nada...
À atenção dos vendedores de material de escritório
Parece que voltaram apareceram no lixo mais uma série de documentos que não deveriam de todo lá aparecer, pelo menos em tão bom estado que permita a leitura do conteúdo. Desta feita foi na PGR.
Com tanto vendedor de tudo e mais alguma coisa que anda por aí, não há nenhum que dê uma volta pelos tribunais portugueses e instituições similares, a propor-lhes a aquisição de uma peça de equipamento que dá pelo nome de destruidor de papéis. Aparentemente os vendedores nacionais de material de escritório não estão muito atentos a oportunidades de negócio que entram pelos olhos dentro de toda a gente.
Com tanto vendedor de tudo e mais alguma coisa que anda por aí, não há nenhum que dê uma volta pelos tribunais portugueses e instituições similares, a propor-lhes a aquisição de uma peça de equipamento que dá pelo nome de destruidor de papéis. Aparentemente os vendedores nacionais de material de escritório não estão muito atentos a oportunidades de negócio que entram pelos olhos dentro de toda a gente.
quinta-feira, janeiro 08, 2004
Uma muito redondinha manifestação de incontido júbilo
Li no Público de ontem, sob o título "Gato escondido", na coluna de Eduardo Prado Coelho: "De todas as fórmulas que lancei ao longo de 2003, houve uma que teve um êxito muito particular: aquela em que referi o dr. Souto Moura, procurador-geral da República, como parecendo "um gato constipado". Ele foram telefonemas e mensagens, felicitações em plena rua, concordâncias eufóricas, risos felizes.".
Em suma, uma festa, um arraial! Que vai ser difícil de superar em 2004.
Aguarda-se agora com ansiedade que o Dr. Souto Moura se refira ao colunista Prado Coelho como parecendo "um leitãozinho anafado".
Em suma, uma festa, um arraial! Que vai ser difícil de superar em 2004.
Aguarda-se agora com ansiedade que o Dr. Souto Moura se refira ao colunista Prado Coelho como parecendo "um leitãozinho anafado".
Até que enfim!
Pacheco Pereira anuncia no Abrupto o recomeço do Flashback, agora na SIC Notícias, ao Domingo.
A ausência foi de tal forma sentida que até do ruído de fundo do Dr. Magalhães já tinha saudades.
A coisa só tem um senão: anos de hábito de ouvir o Flashback ao volante, ou sentado no sofá da sala com os jornais de Domingo ao colo, vão tornar muito difícil a minha (re)adaptação ao formato televisivo, até porque ainda recordo a experiência anterior, na SIC (ou seria na SIC Notícias?), que para mim só funcionava de costas para o ecrã...
A ausência foi de tal forma sentida que até do ruído de fundo do Dr. Magalhães já tinha saudades.
A coisa só tem um senão: anos de hábito de ouvir o Flashback ao volante, ou sentado no sofá da sala com os jornais de Domingo ao colo, vão tornar muito difícil a minha (re)adaptação ao formato televisivo, até porque ainda recordo a experiência anterior, na SIC (ou seria na SIC Notícias?), que para mim só funcionava de costas para o ecrã...
quarta-feira, janeiro 07, 2004
E que mais podia querer uma pessoa que já tem tudo?
"Que Portugal ganhe o Campeonato da Europa"
Sérgio Lebreiro, contabilista, em resposta à questão "O que espera de 2004?" (Palpites, Diário de Notícias, 04/01/06)
Sérgio Lebreiro, contabilista, em resposta à questão "O que espera de 2004?" (Palpites, Diário de Notícias, 04/01/06)
Depressa, uma tábua de queijos!
A drª Ana Gomes ameça, num post de 5 de Janeiro no Causa Nossa, voltar a atacar. Perdão, a falar. Diz, embora doridamente: "Entretanto, calar-me-ei [...] até ao momento em que a minha consciência impuser que fale".
Confesso o meu pavor ante o patente conflito de interesses entre a consciência da drª Ana Gomes e o bem-estar mental e físico de todos nós. A consciência da drª Ana Gomes costuma impor-lhe falar muitos decibéis acima daquilo que o bom senso recomenda e a lei permite. Alguns lamentáveis espectáculos recentes estão ainda bem vivos nas nossa memórias e nos nossos ouvidos. Nem sei mesmo se para alguns o trauma não terá sido permanente...
Possuidora do dom da ubiquidade, vai estar aos gritos em todos os telejornais ao mesmo tempo(*), pelo que o tradicional zapping se revelará sem efeito.
A solução poderá passar pela utilização do método "Allo, Allo", que os fans da série certamente recordam: atafulhar os ouvidos com queijo. Se funcionava com os clientes do René Artois sempre que a sua mulher, Edith, decidia animar o café com o seu canto, também há-de funcionar quando a consciência da drª Ana Gomes lhe impuser que fale.
(*) Cortesia dos jornalistas amigos e simpatizantes do grupo dos 2% nas eleições e 60% nas redacções.
Confesso o meu pavor ante o patente conflito de interesses entre a consciência da drª Ana Gomes e o bem-estar mental e físico de todos nós. A consciência da drª Ana Gomes costuma impor-lhe falar muitos decibéis acima daquilo que o bom senso recomenda e a lei permite. Alguns lamentáveis espectáculos recentes estão ainda bem vivos nas nossa memórias e nos nossos ouvidos. Nem sei mesmo se para alguns o trauma não terá sido permanente...
Possuidora do dom da ubiquidade, vai estar aos gritos em todos os telejornais ao mesmo tempo(*), pelo que o tradicional zapping se revelará sem efeito.
A solução poderá passar pela utilização do método "Allo, Allo", que os fans da série certamente recordam: atafulhar os ouvidos com queijo. Se funcionava com os clientes do René Artois sempre que a sua mulher, Edith, decidia animar o café com o seu canto, também há-de funcionar quando a consciência da drª Ana Gomes lhe impuser que fale.
(*) Cortesia dos jornalistas amigos e simpatizantes do grupo dos 2% nas eleições e 60% nas redacções.
terça-feira, janeiro 06, 2004
História(s) da América
Um CD com uma colectânea de 30 exemplares da música popular norte-americana, a partir de gravações efectuadas no campo pelo Recording Laboratory da Library of Congress dos Estados Unidos, entre os anos de 1934 e 1946. Gente anónima a cantar e a tocar em casa, na escola ou no campo; presa ou em liberdade; sozinha ou em grupo; com histórias de vida mais vulgares umas do que outras.
Como Kelly Pace, quatro vezes condenado por roubo (que, com alguns dos seus companheiros de reclusão na Arkansas State Penitentiary, canta o clássico Rock Island Line), ou Ora Dell Graham, aluna da Drew Colored High School (sublinhado meu), morta a tiro aos vinte anos quando levava a cabo um assalto, ou ainda as irmãs Christine e Katherine Shipp, filhas de um agricultor/pastor de igreja.
As gravações foram feitas em máquinas "portáteis" de corte, em disco e em cilindro, e na sua passagem para o CD não foram submetidas a qualquer tratamento, pelo que o som é o original.
Indispensável para quem se interessa pela música americana actual e pela sua história.
Como Kelly Pace, quatro vezes condenado por roubo (que, com alguns dos seus companheiros de reclusão na Arkansas State Penitentiary, canta o clássico Rock Island Line), ou Ora Dell Graham, aluna da Drew Colored High School (sublinhado meu), morta a tiro aos vinte anos quando levava a cabo um assalto, ou ainda as irmãs Christine e Katherine Shipp, filhas de um agricultor/pastor de igreja.
As gravações foram feitas em máquinas "portáteis" de corte, em disco e em cilindro, e na sua passagem para o CD não foram submetidas a qualquer tratamento, pelo que o som é o original.
Indispensável para quem se interessa pela música americana actual e pela sua história.
A carne é fraca e a curiosidade é forte
Não resisti. Tinha que ser. Tinha que pôr aqui um contador. Será que alguém, que não eu, vai ler este modesto blog?
A resposta, brevemente, num contador aqui ao lado...
A resposta, brevemente, num contador aqui ao lado...
Vácuo jornalístico
"A gasolina poderá aumentar 1 cêntimo num só dia", ouvi há pouco na SIC Notícias.
Poderá? Fá-lo-á? Sim, não? Todos os dias, uma vez por semana, todos os seis meses?
Ao que percebi é um título do Correio da Manhã (pois...).
Poderá? Fá-lo-á? Sim, não? Todos os dias, uma vez por semana, todos os seis meses?
Ao que percebi é um título do Correio da Manhã (pois...).
Ele há memórias... e memórias (ii)
Na esperança de aguçar a curiosidade do eventual leitor interessado no meu post anterior, fica aqui uma citação retirada de "Remembering Dangerously", um artigo de Elizabeth Loftus (o sublinhado é meu):
Like the witch-hunt trials of old, people today are being accused and even imprisoned on 'evidence' provided by memories from dreams and flashbacks - memories that didn't exist before therapy. What is going on here?
...
Since therapy is done in private, it is not particularly easy to find out what really goes on behind that closed door. But there are clues that can be derived from various sources. Therapists' accounts, patients' accounts, and sworn statements from litigation have revealed that highly suggestive techniques go on in some therapists' offices (Lindsay and Read 1994; Loftus 1993; Yapko 1994).
Like the witch-hunt trials of old, people today are being accused and even imprisoned on 'evidence' provided by memories from dreams and flashbacks - memories that didn't exist before therapy. What is going on here?
...
Since therapy is done in private, it is not particularly easy to find out what really goes on behind that closed door. But there are clues that can be derived from various sources. Therapists' accounts, patients' accounts, and sworn statements from litigation have revealed that highly suggestive techniques go on in some therapists' offices (Lindsay and Read 1994; Loftus 1993; Yapko 1994).
Ele há memórias... e memórias
Elizabeth Loftus está em Portugal, ouvi - infelizmente mal - dizer ontem no noticiário da SIC. Não consegui saber a convite de quem, mas aqui ficam os meus agradecimentos, enquanto cidadão preocupado, à pessoa ou entidade que em boa hora o fez.
Talvez agora o dr. Strecht, o dr. Carvalho e demais responsáveis fiquem a saber que não podem - pelo menos honestamente - garantir que o que as crianças da Casa Pia afirmam ser verdade realmente o seja.
Quem quiser ficar a saber mais sobre o trabalho da Drª Loftus, tem aqui um bom ponto de partida.
Talvez agora o dr. Strecht, o dr. Carvalho e demais responsáveis fiquem a saber que não podem - pelo menos honestamente - garantir que o que as crianças da Casa Pia afirmam ser verdade realmente o seja.
Quem quiser ficar a saber mais sobre o trabalho da Drª Loftus, tem aqui um bom ponto de partida.
segunda-feira, janeiro 05, 2004
Woody Allen e o Universo em expansão
Conduzido pela mão invisível do Desesperada Esperança, fui levado até When the universe is expanding it can make you late for work, um artigo de Woody Allen no Daily Telegraph de ontem.
Imperdível.
Imperdível.
domingo, janeiro 04, 2004
Do lado de lá do véu
Leio na coluna do embaixador José Cutileiro no 2º Caderno do Expresso deste Sábado que, no Irão, uma professora de dança clássica e as suas alunas foram presas por darem um espectáculo destinado, ao que diz, a mulheres. Parece que este tipo de actividade corrompe o espírito.
Creio que o uso, por parte dos responsáveis político-religiosos do Irão, daquela espécie de turbante (cuja designação correcta não conheço) na cabeça também corrompe; neste caso, o bom funcionamento do cérebro.
Creio que o uso, por parte dos responsáveis político-religiosos do Irão, daquela espécie de turbante (cuja designação correcta não conheço) na cabeça também corrompe; neste caso, o bom funcionamento do cérebro.
Coisinhas pequenas
Um artigo do Professor Joshua Lederberg(*), no EXPRESSO On-Line, com o título "Homens e micróbios".
(*) Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1958, pelos seus trabalhos sobre recombinação genética e organização do material genético das bactérias.
(*) Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1958, pelos seus trabalhos sobre recombinação genética e organização do material genético das bactérias.
quinta-feira, janeiro 01, 2004
A propósito de Chomsky
Uma busca de Noam Chomsky na secção de livros do sítio da Amazon (Inglaterra) produz 411 resultados, contra 281 para Isaac Newton, 738 para Charles Darwin e 9 para Boaventura de Sousa Santos.
As estatísticas valem o que valem, mas achei que não deixaria de ser interessante tirar duas conclusões daqueles resultados:
- Noam Chomsky é autor, co-autor ou título de 411 livros, grosso modo uma vez e meia o valor de Isaac Newton e metade do de Charles Darwin;
- a Amazon tem disponíveis para venda aos seus clientes livros de Boaventura de Sousa Santos...
As estatísticas valem o que valem, mas achei que não deixaria de ser interessante tirar duas conclusões daqueles resultados:
- Noam Chomsky é autor, co-autor ou título de 411 livros, grosso modo uma vez e meia o valor de Isaac Newton e metade do de Charles Darwin;
- a Amazon tem disponíveis para venda aos seus clientes livros de Boaventura de Sousa Santos...
Como se fosse uma baleia...
Pelo menos com a mesma inércia.
Já lá vão vinte dias e ainda não fiz um post que fosse -- exceptuando o anterior, claro. Há momentos em que gostava de ser como o Sr. Chomsky, em que gostava de ter aquela mesma capacidade que o homem tem para produzir texto suficiente para publicar um livro novo (?) todos os meses.
Mas como não há 1º de Janeiro digno do seu nome sem as clássicas decisões de Ano Novo, aqui fica a minha de contribuir com alguma regularidade para esta feira de vaidades que dá pelo nome de blogosfera. Ainda que duvide que alguma vez venha a ter um só leitor que não seja eu próprio.
Ho well, who cares, anyway?...
Já lá vão vinte dias e ainda não fiz um post que fosse -- exceptuando o anterior, claro. Há momentos em que gostava de ser como o Sr. Chomsky, em que gostava de ter aquela mesma capacidade que o homem tem para produzir texto suficiente para publicar um livro novo (?) todos os meses.
Mas como não há 1º de Janeiro digno do seu nome sem as clássicas decisões de Ano Novo, aqui fica a minha de contribuir com alguma regularidade para esta feira de vaidades que dá pelo nome de blogosfera. Ainda que duvide que alguma vez venha a ter um só leitor que não seja eu próprio.
Ho well, who cares, anyway?...
Like a whale
"In North America the black bear was seen by Hearne swimming for hours with widely open mouth, thus catching, like a whale, insects in the water. Even in so extreme a case as this, if the supply of insects were constant, and if better adapted competitors did not already exist in the country, I can see no difficulty in a race of bears being rendered, by natural selection, more and more aquatic in their structure and habits, with larger and larger mouths, till a creature was produced as monstrous as a whale."
Darwin, Charles, "The Origin of Species by Means of Natural Selection, or, The Preservation of Favoured Races in the Strugle for Life", On the origin and transitions of organic beings with peculiar habits and structure
Darwin, Charles, "The Origin of Species by Means of Natural Selection, or, The Preservation of Favoured Races in the Strugle for Life", On the origin and transitions of organic beings with peculiar habits and structure