quinta-feira, agosto 26, 2004

Então e o estorvo é o quê?

Estorvo é, obviamente, o mesmo que estrovo!

O empate

Um post (Terça-feira, Agosto 24, 2004, sem título e sem link directo) da Vieira do Mar recordou-me um significado de empate que já não lembrava há para aí uns cem anos.

No "Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual" (*) encontrei a seguinte definição:
Empatar o anzol — Ligar a linha de pesca ou o estorvo à pata do anzol
Uma busca pelo Google de empatar+anzol deu logo como primeiro resultado este 'TrUqUeS e DiCaS', onde se pode ver, entre muitas outras relacionadas com pesca à linha, uma animação do acto de empatar um anzol de pata — que também os há de olhal, claro.

O site chama-se "SiTe SoBrE PeScA dO mR_qUiM" e é da autoria de um miúdo que — para além de precisar de aprender a pontuar as frases — tem mais ou menos a idade que eu tinha quando deixei de passar horas esquecidas agarrado a uma cana de pesca, com o indicador encostado à linha:
"OI PESSOAL EU CHAMO-ME JOAQUIM TENHO 15 ANOS SOU DA GAFANHA DA NAZARE (AVEIRO) GOSTO DE PESCAR POR ISSO FIZ ESTE SITE"
Toca a clicar os links, que um miúdo de quinze anos que faz um site sobre pesca em vez de andar a fazer asneiras merece a nossa atenção.

(*)"Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual", dos Comandantes Humberto Leitão e Vicente Lopes, publicado pelo Centro de Estudos Históricos e Cartografia Antiga, Edições Culturais da Marinha (3ª edição)

“Ladies and gentlemen,...

... Elvis has left the building. Thank you and goodnight."
Não imagino quantas vezes terei dito esta frase, sem fazer ideia de quem teria sido o autor. Fiquei a saber que o seu nome era Albert Dvorin e que morreu, aos 81 anos, no passado fim de semana.

Hi Ma!

Aquele pontinho vermelho, ali, sou eu...
O meu resultado do 'World's Smallest Political Quiz'

quarta-feira, agosto 25, 2004

...

Por razões óbvias, eliminei o link para o Desesperada Esperança do Bruno...

terça-feira, agosto 24, 2004

"Desesperada Esperança", ou "Aviso à navegação"

O Bruno Alves publicou ontem de manhã este post:
"Back From the Dead

Quem tenha tentado aceder a este cantinho de maledicência nos últimos dias, ter-se-á deparado com vazio. Ainda hoje não sei o que aconteceu. Terão sido ordens de Louçã? Ou um agente americano, ao serviço de John Kerry, para me calar? Talvez o dr. Ferro Rodrigues me possa dizer alguma coisa em relação a esta última. Talvez não. Não sei. O que sei é que, sem que eu tenha feito alguma coisa nesse sentido, este blog desapareceu por completo. Com um pouco de trabalho, o velho aspecto deste cantinho foi recuperado (faltam ainda alguns ajustes nas cores, work in progress) O velho contador também se recuperou. Os leitores, espero, também. Mas, e sem menosprezo para estes últimos, o mais importante perdeu-se: os textos. Salvo algumas excepções, a grande maioria dos quase 900 textos que escrevi ao longo de um ano, desapareceram nas Trevas. Dos que se recuperaram (os que por acaso estavam guardados), hei-de colocar aqui alguns, de vez em quando. Back in Business..."
Entretanto, e pela segunda vez no espaço de uma semana, alguém — quem? — apagou o seu blog, o Desesperada Esperança, recriado no Domingo, com novo password, etc. Só que, enquanto que na passada semana a coisa se ficou (?) por aí, ontem foi mais longe: entre as 19:00 horas e as 21:00 esse alguém não só apagou o Desesperada Esperança que conhecemos como também criou um blog com o mesmo nome e endereço.

Sei que, várias vezes contactados ao longo da passada semana, os serviços de apoio do Blogger não responderam uma única vez às solicitações de ajuda no sentido de uma possível recuperação das entradas entretanto publicadas.

Aparentemente, "mexer" num qualquer blog alojado no Blogger.com sem autorização do seu autor não é coisa difícil. Aqui fica a constatação, que poderá também servir de aviso...

domingo, agosto 22, 2004

Esclarecimento

Imagino que, levados pela leitura de certo blog, haja por aí quem possa pensar que não faço e/ou não sei fazer nada de nada.

Esclareço pois, apesar de de forma não exaustiva, que:Disse.

Tamanho

Não é que eu ache que essa coisa do tamanho seja verdadeiramente importante, mas que o meu é muito maior que o dele, isso é! Só a caixa mede 29x37cm, pelo que o tabuleiro anda pelos 95cm por 1,10m. Para não falar nas mais de 1500 peças...
O tabuleiro e a caixa do jogo The Longest Day
Nota: O do Jaquinzinhos chama-se "Os Descobridores de Catan" — "Os colonos de Catan" talvez fosse mais apropriado —, e pode saber-se mais sobre a edição portuguesa do jogo aqui. A versão americana, chamada "Settlers of Catan", pode ver-se aqui. Existe ainda o site original do jogo, exclusivamente destinado a germanófonos.

quarta-feira, agosto 18, 2004

À atenção das nossas Dadinhas

Directamente de uma qualquer tasca no Portugal profundo para a finalmente redecorada Sala Oval!

Sir Isaac (Hayes): a very cornyish post

Haverá por aí alguém, como yours trully na casa dos cinquenta, que não tenha dançado, dançado e voltado a dançar uns slows ao som do "Walk on by" do Isaac Hayes — indubitavelmente a mais brilhante careca de sempre da soul music?

E que não se lembre de como aqueles doze minutos pareciam sempre tão estranhamente curtos?
Capa de 'Hor buttured soul

terça-feira, agosto 17, 2004

Hã?!

"Anarchists' Convention Debates Voting" [???]:
"Anarchists generally pride themselves on their rejection of government and its authority. But a faction of them fed up with the war in Iraq say they plan to cast anti-Bush votes this fall."

O livro de cabeceira de...

... Francisco Louçã: "The Iron Triangle: Inside the Secret World of the Carlyle Group", Dan Briody.

Uns excertos da "Amazon.co.uk Review":
[...]award-winning journalist Dan Briody blows the lid off this secretive corporation and its ties to power and military might.
The history of Carlyle is one of «dubious investments, seemingly crooked kickbacks, and near-miss scandals, any of which, had they hit their mark, could have brought Carlyle crashing back down to earth».
But nothing has stuck to this company, whether it involved pork-filled defence contracts, CIA cover-ups, or shady mercenaries operating in foreign countries. Nothing until this book, that is."
Yeah! Until this book, that is...

domingo, agosto 15, 2004

Deferências

Porque será que sempre que se fala em Najaf nas nossa rádios e televisões, ou se escreve "Najaf" nos nossos jornais, não falta nunca, associada a ela, a expressão "cidade santa dos xiitas"?

Não professo nenhuma religião, mas confesso a minha estranheza pela ausência do mesmo tipo de insistente tratamento deferente em relação a Fátima, Lourdes ou outro qualquer lugar sagrado para outra qualquer religião?

sábado, agosto 14, 2004

O FM mais perto do mar (actualizado)

Pode não passar sempre a melhor música, mas uma rádio onde se pode ouvir o "The beat goes on" (of Sonny Bonno fame) pela orquestra do Buddy Rich e todos os 9 minutos e 59 segundos do "Time after time" (of Cindy Lauper fame) pelo Miles Davis não pode ser tão má assim. E sempre se limpam os ouvidos do muito lixo que nos chega da TSF.

Rádio Marginal. Oeiras. 98,1FM.

PS: Na realidade, creio que a versão que se costuma ouvir do "Time after time" é mais curta, gravada em estúdio; a dos 09:59 é a que está incluída no álbum "Live around the world", gravada ao vivo, e quanto a mim bem mais interessante.

Down the Memory Lane (ii)

Morreu ontem, com 91 anos, Julia Child. Imagino que o nome não diga rigorosamente nada à maioria dos portugueses, mas a mim traz-me algumas boas recordações.

Nos anos que vivi nos US of A, não perdi, acho, um único dos seus programas, que costumavam passar na WGBH, de Boston, e que terminava sempre com um muito característico e sonante "Bon appétit!". Anos depois, já de volta aqui ao nosso cantinho, até comprei o CD da Microsoft "Julia Child — Home Cooking with Master Chefs" para matar algumas saudades. Quanto aos seus livros, nunca comprei nenhum, podia sempre ir consultá-los a casa da Mãe...

Num programa que recordo bem, Julia Child apresentou (introduced) o tamboril aos seus espectadores americanos. E quem já viu um tamboril pode fazer uma ideia de como a visão daquela massa, disforme e acastanhada, esparramada no tampo do balcão de uma cozinha pode ser traumatizante para pessoas cuja ideia de peixe é um fish stick! A verdade é que a coisa foi um sucesso — o tamboril, até aí vendido por dez reis de mel coado a libra na peixaria dos chineses lá ao pé de casa, passou a ser um luxo, vendido a preços consonantes com a procura que passou a ter.

Julia Child, para além do mais, tinha uma voz absolutamente inesquecível, da qual se podem ouvir uns quantos samples aqui.

Julia Child era um verdadeiro ícone da cultura pop americana. E o mundo, tal como eu o conheço, lá vai desaparecendo, um bocadinho de cada vez...

quarta-feira, agosto 11, 2004

Moore e Ortografia

A propósito de dois assuntos que tenho seguido na blogosfera com algum interesse — o "documentário" de Moore e o estado lamentável do português falado e escrito em Portugal —, deixo-vos com um pedaço de prosa que retirei dos comentários a um post de um blog de esquerda que, confesso, não tenho o hábito de frequentar:
"Dentro de um dos seus grandes ducomentarios,Radio-Canada nos mostra que o braço (mais que direito) de Nixon e eu nomo [?] Kissinger, que éra êle que persistia na guerra do Vietname.Todo o mundo sabe que o Iraque éra o pais que mais mêdo fazia aos judeus,e que foi os SS tsall [?] judeus que mataram [?] o engenheiro Canadiano, que trabalhava num super canhâo.Com o enorme poder economico que êles tem,tivésem posto uma porca marioneta como chefe d'um enorme pais. Aqui, e nâo sou so eu! [?] Duvidamos que Bush tal como Nixon tivésse atacado o Iraque para satisfazêr os seus amigos.Moore ,nâo nos diz nada que nâo o [?] saibamos,so que êle têve a coragem de o dizêr num ducomentario"
Afixado por: [nome português do autor] em agosto 7, 2004 08:00 AM
Nota: Os negritos e as interrogações foram acrescentados por mim ao texto original.

segunda-feira, agosto 09, 2004

Interessante

Swift Boat Veterans for Truth home page

Qual é a semelhança entre Portugal e uma cabina telefónica?

A moda de processar tudo e todos, a propósito de tudo e de nada, na tentativa de ganhar uns cobres fáceis parece que vai chegar a Portugal, a ser verdade o que leio no Aviz:
"O goiano Wesdras Ribeiro Xavier diz que foi humilhado no SEF do aeroporto de Lisboa."
Humilhado? Mas como? Infelizmente o link é só para assinantes da "Folha de S. Paulo", pelo que ficamos na mesma. Bom, mas se o Wesdras diz, é porque deve ser verdade... quem sou eu para duvidar, até porque
"Segundo a Folha, não há razão aparente para lhe ter sido negado o direito de entrar em Portugal — o cidadão brasileiro é estudante, tinha dinheiro consigo, cartão de crédito e telefonemas para fazer."
Telefonemas para fazer? E não o deixaram entrar? Malandros! O relato é infelizmente omisso quanto à existência ou não de trocos para o telefone entre o dinheiro que trazia consigo.
"A ideia dele era passar uns dias em Lisboa e seguir para Londres, onde tem família."
Sim, sim, já sabemos que só parou em Portugal para fazer uns telefonemas. Mas o pior, o pior mesmo, senhores do SEF, ainda está para vir, porque
"Acontece que a família goiana de Wesdras tem alguma importância no país (o pai é deputado) e advogados."
Wesdras, pá, tu, cidadão brasileiro, estudante, com dinheiro, cartão de crédito e pai deputado, tanta gente importante na família, com advogados e tudo, e ninguém te disse que podias ter apanhado um avião directamente para Londres, porque em Heathrow também há telefones, pá!...

sexta-feira, agosto 06, 2004

Não tenho vida para isto!



terça-feira, agosto 03, 2004

Visões de casa

São seis e meia da manhã e exibe-se na SIC Mulher, num programa de conversa, um catálogo vivo de tatuagens e peercings. Um verdadeiro monumento à total ausência de gosto. Uma celebração ambulante do Horrível. A confiar naquelas barras que tapam o quarto inferior do ecrã dá pelo nome de Natasha, empresária.

Lembrei-me imediatamente do post Visões de praia, ontem, no Basfémias.

E faço minha a pergunta de LR:
"Estarei a ficar desfazado ou o mulherio ensandeceu de vez?"

"In North America the black bear was seen by [Samuel] Hearne swimming for hours with widely open mouth, thus catching, like a whale, insects in the water. Even in so extreme a case as this, if the supply of insects were constant, and if better adapted competitors did not already exist in the country, I can see no difficulty in a race of bears being rendered, by natural selection, more and more aquatic in their structure and habits, with larger and larger mouths, till a creature was produced as monstrous as a whale."
Darwin, Charles; "The Origin of Species by Means of Natural Selection" (On the origin and transitions of organic beings with peculiar habits and structure)