segunda-feira, março 22, 2004
"Cá no partido só conseguimos ler as gordas"
O título "Há pelo Menos 200 Mil Pessoas com Fome em Portugal" do artigo do Público de ontem (a que aludi no post "Das duas, três..."), serviu ao dr. Ferro Rodrigues de mote para mais uma diatribe contra o Governo, amplamente divulgada, como não podia deixar de ser, nos telejornais das televisões.
Ou, na minha humilde opinião, para mais uma das suas habituais tristes figuras.
Parece que nas bandas do Largo do Rato só se lêem os títulos dos jornais. A leitura atenta do restante dos artigos é uma verdadeira maçada.
Tivesse alguém no PS lido o resto do artigo, e talvez a frase "poderá ser muito superior e chegar a um milhão" lhes despertasse alguma curiosidade quanto à forma como quem o afirma chegou a estes valores. E nem sequer era preciso ir muito longe, pois logo a seguir fica tudo, ou quase tudo, dito, quando se lê que "à falta de estatísticas, cruzam-se dados para poder tirar conclusões sobre a realidade".
E de que "fome" estamos a falar? "Bruto da Costa admite que não há consenso quanto ao método científico para quantificar a pobreza".
E quanto aos dados? "Nestas contas entram realidades de pessoas apoiadas por instituições como os bancos alimentares, a Misericórdia de Lisboa, os valores das pensões de reforma ou o número de sem-abrigo, entre outros".
A triste verdade é que hoje, nas conversas de café ou junto à máquina das fotocópias, aquilo de que se vai falar é apenas e só das "200.000 mil pessoas com fome". O que fica nas cabecinhas dos nossos ilustres concidadãos é o soundbyte. Mais nada.
Ou, na minha humilde opinião, para mais uma das suas habituais tristes figuras.
Parece que nas bandas do Largo do Rato só se lêem os títulos dos jornais. A leitura atenta do restante dos artigos é uma verdadeira maçada.
Tivesse alguém no PS lido o resto do artigo, e talvez a frase "poderá ser muito superior e chegar a um milhão" lhes despertasse alguma curiosidade quanto à forma como quem o afirma chegou a estes valores. E nem sequer era preciso ir muito longe, pois logo a seguir fica tudo, ou quase tudo, dito, quando se lê que "à falta de estatísticas, cruzam-se dados para poder tirar conclusões sobre a realidade".
E de que "fome" estamos a falar? "Bruto da Costa admite que não há consenso quanto ao método científico para quantificar a pobreza".
E quanto aos dados? "Nestas contas entram realidades de pessoas apoiadas por instituições como os bancos alimentares, a Misericórdia de Lisboa, os valores das pensões de reforma ou o número de sem-abrigo, entre outros".
A triste verdade é que hoje, nas conversas de café ou junto à máquina das fotocópias, aquilo de que se vai falar é apenas e só das "200.000 mil pessoas com fome". O que fica nas cabecinhas dos nossos ilustres concidadãos é o soundbyte. Mais nada.