terça-feira, abril 20, 2004

Como se fosse uma Maya... mas não sou!

Pronto, enganei-me redondamente. Ficou provado que esta coisa da futurologia não é para qualquer um, e a D. Maya merece cada croquete que come nas festas e vernissages organizadas pelas revistas cor-de-rosa.

Na sua crónica de hoje, Baptista Bastos, ao contrário do que previ, não debitou mais uma diatribe contra Sharon e Israel, causadores (junto com George W.) de todos os males de que padece este nosso Mundo — e o outro. Talvez porque a Abdel-Aziz al-Rantissi faltassem as barbas brancas de Pai Natal e a cadeirinha de rodas a compor a imagem de avôzinho, tão bem construída para Ahmed Yassin pela TSF/Rádio Bagdad por aqueles dias...

Baptista B., com base nuns tópicos sobre o conteúdo de um livro de Bob Woodward — que não leu — que entretanto lhe foram "buzinados" pelos colegas da Rádio Bagdad — que também não o leram — escolheu Bush para alvo de hoje.

Como ouvi a crónica enquanto conduzia o carro encosta abaixo em direcção à CRIL, não tive oportunidade de tomar nota por escrito dos insultos a George W. Bush que B. Bastos, com evidente auto-satisfação, fez cavalgar nas ondas da TSF a 89,5MHz. Mas a coisa resume-se, em poucas palavras, aos quatro items do costume: Bush é estúpido, inculto, desonesto e fundamentalista evangélico.

E foi tudo.
"In North America the black bear was seen by [Samuel] Hearne swimming for hours with widely open mouth, thus catching, like a whale, insects in the water. Even in so extreme a case as this, if the supply of insects were constant, and if better adapted competitors did not already exist in the country, I can see no difficulty in a race of bears being rendered, by natural selection, more and more aquatic in their structure and habits, with larger and larger mouths, till a creature was produced as monstrous as a whale."
Darwin, Charles; "The Origin of Species by Means of Natural Selection" (On the origin and transitions of organic beings with peculiar habits and structure)